No Panamá, Dilma defende investimentos em educação e infraestrutura

Em discurso nesta sexta-feira (10), na Cidade do Panamá, a presidenta Dilma Rousseff destacou, diante de plateia de empresários de diversos países do Continente Americano, os investimentos em infraestrutura e em educação necessários para que o Brasil continue crescendo “de forma sustentável” e citou a integração regional como um dos compromissos a ser priorizado por ela nos próximos anos.

                                                                                  Roberto Stuckert Filho/Presidência

Ela fez também uma defesa do que chamou de “grande esforço de ajuste fiscal” que vem promovendo no país como medida necessária ao reequilíbrio do crescimento brasileiro.

A presidenta iniciou sua fala celebrando a “acelerada inclusão social” ocorrida no Brasil, que já foi “um país extremamente desigual”. “Eu quero dizer que a grande mudança que o Brasil deseja e encaminhou nesses últimos anos é se transformar em um grande país de classe média. Esse é o objetivo da nação brasileira”, afirmou.

Dilma discursou ao lado dos presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama; do México, Enrique Peña Nieto, e do Panamá, Juan Carlos Varela. Eles participaram, na Cidade do Panamá, de um debate do Foro Empresarial das Américas, cujo tema este ano é Integração Produtiva para o Desenvolvimento Inclusivo. Na noite de hoje, os chefes de Estado e de Governo dos 35 países das Américas e do Caribe participam da abertura da 7ª Cúpula das Américas, também no Panamá.

Em uma breve fala inicial, a presidenta disse que a infraestrutura e a inovação são fatores estruturais para a continuidade do crescimento brasileiro. Dilma classificou a educação de “único jeito” de assegurar inclusão social permanente. Quanto à infraestrutura, a presidenta apontou como fundamentais tanto investimentos logísticos quanto urbanos.

“Mobilidade urbana e habitação como infraestruturas sociais são fundamentais. Junto com ferrovias, portos, aeroportos e toda expansão energética necessária para assegurar o crescimento”, afirmou. Algumas obras que o Brasil desenvolve com outros países americanos nesse quesito foram citadas pela presidenta como exemplos de parcerias com diferentes governos e empresários, como o Porto de Mariel em Cuba, o Pólo Petroquímico da Cidade do México e a construção e o financiamento dos gasodutos sul e norte na Argentina.


“Acho que a integração regional das nossas economias funciona como um fator que expande as nossas fronteiras, oportunidades e economias. Daí porque o Brasil se dedicou nos últimos anos a investir fortemente na integração de infraestrutura”, disse.

Após defender, no discurso, a importância da inovação para a melhoria de renda dos brasileiros e o desenvolvimento de setores-chave do país como agricultura e indústria, Dilma voltou ao tema quando respondia aos empresários. Segundo ela, a ciência e a tecnologia podem fomentar um aprimoramento na quantidade mas também na qualidade do ensino dos países.

“O grande desafio de países como o Brasil é a educação – consideramos que ela tem que estar no centro do processo tanto de crescimento econômico quanto de inclusão social”, destacou a presidenta, complementando que é necessário que o país exerça atividades que agreguem valor. “Eu acho que a América Latina, e todos nós temos de almejar sermos produtores de valor agregado, utilizadores do conhecimento como forma de garantir que os nossos povos de fato tenham acesso a um padrão de vida de classe média.”

O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Luis Alberto Moreno, foi o mediador do debate, para o qual centenas de líderes empresariais foram convidados. Nomes como Mark Zuckerberg, fundador e presidente do Facebook, foram confirmados como oradores do evento.

Fonte: Agência Brasil

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