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Marco Polo Del Nero disse que não vai renunciar ao cargo por causa das denúncias de corrupção na entidade. "É impossível renunciar e não vou renunciar porque não tenho nada a ver com isso", garantiu, em entrevista na sede da CBF, na sexta passada (29).
Del Nero, que sucedeu José Maria Marin no comando da entidade, negou ainda que tivesse conhecimento sobre o recebimento de propina, como vem sendo denunciado, com a participação do ex-presidente da CBF, que está preso na Suíça: "Não tive conhecimento em hipótese alguma", contou.
No Senado, foi criada uma CPI para investigar a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o comitê organizador local da Copa do Mundo de 2014. De acordo com o senador Romário, autor do requerimento de criação da comissão, ela será instalada nos próximos dias.
A renúncia foi anunciada nesta terça-feira (2) pelo próprio Blatter durante pronunciamento em Zurique, na Suíça. Nova eleição para escolher o sucessor do suíço será agendada, e a expectativa é que o congresso extraordinário aconteça entre dezembro deste ano e março do ano que vem. Até lá, Blatter continuará no comando da entidade.
Blatter foi reeleito presidente da Fifa na última sexta-feira (29), em meio a uma grande operação internacional contra a corrupção no futebol. O presidente viu-se pressionado a explicar as denúncias de que seus principais dirigentes cobravam propina para negociar contratos de marketing, transmissão de jogos e a escolha dos países-sede da Copa do Mundo. Este seria o quinto mandato do suíço à frente da entidade, que ele comanda desde 1998.
Na manhã da última quarta-feira (27), policiais suíços prenderam, em Zurique, o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) José Maria Marin, e mais seis dirigentes esportivos da Fifa: Jeffrey Webb, Eduardo Li, Julio Rocha, Costas Takkas, Eugenio Figueredo e Rafael Esquivel. No final da tarde do mesmo dia, o ex-vice-presidente da Fifa Jack Warner entregou-se às autoridades de Trinidad e Tobago, na América Central, mas foi liberado após pagar fiança de US$ 400 mil. O paraguaio Nicolás Leoz, também indiciado, teve prisão domiciliar decretada pela Justiça de seu país.
Nove dirigentes da Fifa e cinco empresários esportivos de várias nacionalidades – entre eles os sete já presos - foram denunciados à Justiça norte-americana, suspeitos de cobrar propinas ao negociar contratos de direitos de transmissão de jogos organizados pela Fifa ou por entidades a ela associadas. As autoridades norte-americanas também investigam indícios de fraude na escolha dos países-sede das duas próximas Copas do Mundo (Rússia, 2018, e Catar, 2022). Segundo a Promotoria de Justiça de Nova York e o FBI (Polícia Federal dos Estados Unidos), o esquema pode ter movimentado pelo menos US$ 150 milhões (mais de R$ 470 milhões) em mais de duas décadas.
Fonte: Agência Brasil
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