A seca foi o tema de um encontro ocorrido na última quinta-feira (22), proposto pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Guandu (CBH-Guandu). O Comitê se reuniu com representantes da Agência Estadual de Recursos Hídricos (AGER), IDAF, Incaper, Cesan, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Defesa Civil, IBIO-AGB Doce, Consórcio Rio Guandu, representantes do Ministério Público e membros das Secretarias de Agricultura e Meio Ambiente, em Afonso Cláudio.
Foto: Kennedy Lenk/Rádio Educadora
O objetivo da reunião promovido pelo comitê foi reunir informações sobre os reflexos e as consequências que a seca pode trazer para o município e traçar estratégia de enfrentamento. Na ocasião, foi definido que é necessária uma reunião com maior número de envolvidos, já agendada para o a próxima quinta-feira (29). Estarão presentes no próximo encontro, usuários da água dos rios do município, presidente de Associações de Produtores Rurais, Associações de Bairros e lideranças comunitárias. A intenção é que a proposta ganhe mais força.
O diálogo, que terá a participação do Ministério Público, será como proceder para uma maior economia e o combate ao desperdício da água. A próxima reunião vai acontecer no auditório do Sindicato Patronal dos Trabalhadores Rurais de Afonso Cláudio, situado à Rua Eliezer Lacerda Fafá, no Bairro São Tarciso.
Segundo a presidente do CBH-Guandu, Ana Paula Bissoli, a palavra de ordem é economia, já que nascentes e rios estão morrendo por falta d’água. “É bom que todos tenham consciência que o momento em que passamos é também reflexo das nossas ações e interferência no ambiente. É um momento crítico, que precisa de um envolvimento de todos, disse.
“Nós não pagamos pelo uso da água e sim pelo seu tratamento, e isso acaba levando algumas pessoas a utiliza-la indiscriminadamente. Precisamos adequar o uso, ter consciência e aplicar uma punição, se for o caso”, completou a presidente Ana Paula.
Os Comitês de Bacia Hidrográfica (CBHs) são formados por um grupo de pessoas que se reúnem para discutir um interesse comum, no caso específico, o uso da água em uma bacia. Com a participação dos poderes públicos, dos usuários e das organizações da sociedade civil, o comitê tem poder de Estado e atribuição legal de deliberar sobre a gestão da água, fazendo isso de forma compartilhada entre os três segmentos.
De acordo com Ana Paula, o Comitê define as regras a serem seguidas com relação ao uso das águas, cabendo aos órgãos gestores de recursos hídricos, colocá-las em prática por meio do seu poder de regulação. Através do recurso da cobrança pelo uso da água, os CBHs desenvolvem projetos com foco na melhoria da qualidade e quantidade de água na bacia. O Programa de Incentivo ao Usos Racional de Água na Agricultura (P22) e o Programa de Recomposição de APPs e Nascentes ((P52), são alguns exemplos de projetos do Comitê.
Fonte: Montanhas Capixabas
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