Uma lamentável cena pode ser observada no Rio Arrependido, que corta o Bairro Grama, em Afonso Cláudio. Peixes tentando buscar oxigênio, para sobreviver nas poucas águas do rio deixam moradores tristes e preocupados por conta da estiagem e irrigação no cultivo de café e inhame que ocorrem de forma exacerbada na localidade de Arrependido.
Foto: Kennedy Lenk/Rádio Educadora
Em alguns pontos do rio, que corre nos fundos do quintal de Marcos Nunes Lamas, no Bairro Grama, é possível avistar inúmeros peixes de porte pequeno tentando sobreviver subindo riacho acima em busca de água fria e de oxigênio. Segundo Marcos, ele avistou várias carpas de grande porte praticamente fora d’água, lutando pela sobrevivência. Alguns não resistiram por conta da pouca água, que aquece o calor e os deixa sem oxigênio.
Na localidade do arrependido as plantações que recebem água por meio de irrigação estão vistosas. Entretanto, segundo moradores da região, o alimento precisa ser cultivado e o alimento das plantas é a água, mas reconhecem que muitos estão pagando caro. Vários moradores já abandonaram alguns plantios e muitas nascentes estão secando.
Renilton relatou que Izidoro Kurt, de 70 anos, da localidade do Arrependido, já não tem água em sua nascente e percorre um longo trecho até o Rio Arrependido em busca de água para as necessidades de casa. Já Davi Wopargel Filho, abandonou o cultivo de tomate esse ano por falta d’água. Quem precisa continuar o cultivo e necessita de muita água está gastando muito.
É o caso do empresário Geraldo Gobi, que aluga caminhões pipas para buscar água de nascentes fora da região para não perder a safra de tomate. O Montanhas Capixabas conversou com o Secretário de Agricultura Edmo Basilio, que, ao lado do Consórcio Rio Guandu, está desenvolvendo um programa de racionamento de água que atende 40 produtores na região. Sobre o programa, informações específicas serão dadas pelo secretário.
Fonte: Montanha Capixabas
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