O projeto estabelece que o trabalhador dependente de álcool só poderá ser demitido se não aceitar se submeter a tratamento médico ou psicológico para parar de beber.
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Atualmente a Consolidação das Leis do Trabalho, CLT, lista como motivo de demissão, por justa causa, a "embriaguez habitual ou em serviço". Pela proposta, durante o período que o trabalhador estiver em tratamento, o contrato de trabalho será suspenso e retomado apenas quando o empregado estiver em condições de voltar ao serviço.
Para a presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, senadora Ana Rita, do PT do Espírito Santo, a iniciativa reconhece que o alcoolismo é uma doença e busca permitir a recuperação e resgatar a cidadania do trabalhador.
"O alcoolismo é uma doença e como doença ele precisa de tratamento. Então o trabalhador que tem problema de alcoolismo ele precisa ser cuidado e tratado. Não deve ser demitido por justa causa. É importante que a empresa onde ele trabalhe encaminhe esse trabalhador para que faça um tratamento. Isso é fundamental. Resgata a cidadania dessa pessoa". Disse a senadora Ana Rita.
O texto original também previa o mesmo tratamento aos servidores públicos, por meio de uma alteração na lei 8.112, que regula o serviço público, mas a medida foi rejeitada na Comissão de Assuntos Sociais. Durante o debate, os senadores argumentaram que apenas o Presidente da República tem competência para alterar a lei. O projeto deve ser votado na Comissão de Constituição e Justiça no retorno do recesso legislativo, que acontece em fevereiro.
Fonte: Rádio Senado
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