Foto: Agência Lusa/EPA/Andrew Harnik
No final de maio, Washington levantou o principal obstáculo ao reatamento de relações diplomáticas ao retirar Cuba da lista norte-americana de países que apoiam o terrorismo.
O chefe de Estado cubano exige também que os Estados Unidos devolvam o território “ilegalmente ocupado” da Base Naval de Guantánamo.
Outra exigência de Havana para a normalização das relações com Washington é o fim das “transmissões de rádio e televisão ilegais”, a eliminação de programas para promover a “subversão e a desestabilização internas” e compensação do país “pelos danos humanos e econômicos” que as políticas norte-americanas causaram.
“Podemos cooperar e coexistir civilizadamente, em benefício mútuo, acima das diferenças que temos e teremos e, com isso, contribuir para a paz, a segurança, a estabilidade, o desenvolvimento e a equidade no nosso continente e no mundo”, afirmou Castro em discurso na Assembleia Nacional de Cuba.
As relações diplomáticas entre os dois países estavam suspensas desde 1961, após uma decisão do então presidente norte-americano Dwight Eisenhower, na sequência de uma aproximação dos revolucionários castristas com a União Soviética e do confisco dos bens norte-americanos na ilha caribenha.
Desde 1977, os dois países, separados pelo Estreito da Flórida (Sudeste dos Estados Unidos), estavam representados apenas por meio de seções de Interesses em Washington e Havana, encarregadas de tarefas consulares.
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