A escola costuma participar de feiras municipais e estaduais de ciência e tecnologia, mas essa será a primeira vez que estará presente em uma mostra nacional. “É uma realização. A gente já luta há tanto tempo por isso”, comemora o estudantes Jeovan Braum, 16 anos, um dos construtores do robô. Ele conta que trabalha com robótica desde a quinta série.
O professor de física e orientador dos estudantes, Alexandre Portes Ribeiro, conta que ele e os alunos se sentaram para elaborar um robô não só para diversão, mas que também pudesse ajudar pessoas. “Como tinha acontecido muitas catástrofes no ano anterior, pensamos em um robô que pudesse ajudar no resgate de pessoas”, relata o professor.
O protótipo pesa 25 kg, possui 1,5 metro de altura e 50 x 30 cm de largura e leva sua função no nome (as siglas R.S.V significam Robô Salva Vidas). Ele possui um sensor de som e uma câmera acoplada para que quem esteja o operando possa ver e ouvir as pessoas soterradas. Além disso, ele é equipado com um braço que tem uma serra e uma furadeira. Tudo isso é controlado por controle remoto.
“Ano passado, na feira de Ciência e Tecnologia, ele era com fio. Este ano, aperfeiçoamos e colocamos via rádio sem fio”, explica Jeovan. As pesquisas para construir o robô começaram em março e o protótipo ficou pronto em cerca de cinco meses.
O protótipo funciona com seis baterias de vidro elétrico de carro, algumas delas reaproveitadas pelos alunos. A maior parte dos materiais utilizados na construção do protótipo são peças que foram descartadas. Pedaços de metal, fios, engrenagens e corrente de moto, tudo foi reutilizado pelos estudantes. “A furadeira e a serra também são reciclados”, destaca o professor, que revela a intenção de patentear o protótipo, mas para isso é preciso apoio financeiro.
Ajuda para viajar
O professor Alexandre revela que os estudantes não precisam de dinheiro apenas para patentear o protótipo. O docente pede ajuda à população para arrecadar fundos a fim de custear os gastos com a viagem para São Carlos, em São Paulo. De acordo com ele, o Governo ajudou com as passagens, mas quanto aos custos para estadia não há dinheiro suficiente.
A Mostra Nacional de Robótica tem como prêmios menção honrosa e também bolsas de iniciação científica do CNPq. “Nosso projeto é bem forte”, destaca o professor. Ele garante que os estudantes conhecem cada parte do robô, por isso, se alguma coisa parar de funcionar, eles sabem consertar.
Fotos e Fonte: ES Hoje
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